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Somos 8 bilhões. E agora? 

A primeira Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas aconteceu em 1994, após 197 países assinarem um Tratado se comprometendo para a estabilização das concentrações de gases do efeito estufa. Com o nome de “Conferência ECO-92”, o encontro aconteceu no Rio de Janeiro. 

No último dia 15 de novembro, segundo estimativa das Organização das Nacões Unidas (ONU), o mundo alcançou a marca de 8 bilhões de pessoas dividindo espaço no planeta Terra. Durante toda a existência da humanidade no planeta muitos avanços foram conquistados, porém, grandes problemas ambientais e desigualdades sociais também surgiram. De acordo com os representantes da ONU, o mundo tem tecnologia e recursos suficientes para a construção de um futuro sustentável, porém o principal desafio é o de conectar países para a construção de políticas internacionais mais acertadas. 

Dezoito anos depois, a COP 27 –  27ª Conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, sediada no Egito, discutiu detalhes sobre a desaceleração das mudanças climáticas e maneiras de apoiar países que não produzem grandes emissões de gases e que sofrem com os impactos ambientais causados pela ação humana. É o maior e mais importante evento já realizado sobre o tema. 

Representantes oficiais de governos e da sociedade civil estiveram presentes e realizaram debates sobre a adaptação climática, a mitigação do GEE (gases de efeito estufa), o impacto climático e sua influência na economia dos países e a colaboração global para conter o aquecimento do planeta. Apenas 24 países dos quase 200 participantes das negociações da COP27 apresentaram planos de redução de emissões novos ou atualizados desde a última conferência climática, realizada ano passado, em Glasgow, na Escócia. 

É chegada a hora de planejar de forma colaborativa a execução das promessas feitas. As mudanças climáticas já estão afetando a saúde humana em todo o mundo e a perda acelerada de biodiversidade é uma realidade que ameaça nossa própria existência. As capacidades humanas para adaptação aos impactos não são compatíveis com os níveis de aquecimento do atual volume de emissões. Cada décimo a mais na temperatura importa e quanto mais quente o planeta estiver, mais difícil será produzir o seu esfriamento. 

A pergunta que fica é: o que adianta sermos 8 bilhões de habitantes que nada fazem ou fazem muito pouco contra uma grande ameaça?